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Lançamento Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero

Debate sobre a viabilidade da Tarifa Zero em Porto Alegre acontece no lançamento da Frente Parlamentar sobre o tema;

O sistema de transporte público coletivo em Porto Alegre está em crise. Em 10 anos, o número de passageiros anuais reduziu por volta 140 milhões. Além disso, o funcionamento precisa mudar. Críticas quanto à qualidade dos veículos são recorrentes pelos usuários. O gasto mensal das famílias com o transporte é exorbitante, sendo um dos principais motivos da segregação que impede a vivência democrática da cidade. Entre os jovens, o preço da passagem e a atual política de restrição ao tri escolar estão por trás do aumento da evasão escolar e dos inúmeros problemas daí decorrentes.

A Tarifa Zero é uma política que precisa estar vinculada também à qualidade do transporte e ao controle público. Não pode se limitar apenas a uma transferência de verbas públicas para empresas privadas através de subsídios.

Esse debate foi apresentado pela Vereadora Karen Santos, proponente da Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero, bem como por Paique Duques Santarém, militante do Movimento Passe Livre do Distrito Federal, por Diego Picucha, prefeito de Parobé, cidade gaúcha que implementou a tarifa zero e vem constatando as inúmeras vantagens dessa política, e por André Augustin, economista e pesquisador sobre o transporte de Porto Alegre.

Estiveram presentes na atividade diversos parlamentares, entidades e ativistas de movimentos sociais.

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Aprovamos a Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero no transporte coletivo de Porto Alegre! 🚌🚏

É com satisfação que anuncio a APROVAÇÃO da nossa proposta de Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero no Transporte Coletivo de Porto Alegre! A implementação da Tarifa Zero não é apenas possível, mas também uma necessidade. Este modelo já é uma realidade em mais de 100 cidades pelo país, apresentando-se como uma resposta concreta à crise enfrentada na mobilidade urbana.

Acreditamos que o acesso a um transporte coletivo de qualidade é um direito fundamental. A Tarifa Zero é uma proposta alternativa e viável, não apenas por aliviar o bolso da população, mas também por promover uma cidade mais inclusiva e sustentável. Porto Alegre precisa se inspirar no exemplo de quem já adota essa medida (como a própria cidade de São Paulo, com implementação parcial) e demonstrar seu comprometimento com soluções inovadoras para os desafios urbanos contemporâneos.

Estamos confiantes de que a Frente Parlamentar pela Tarifa Zero contribuirá para avançar no desenvolvimento de políticas públicas que visem aprimorar a mobilidade urbana, no mesmo sentido da PEC (25/2023) apresentada pela nossa Deputada Federal Luiza Erundina (PSOL/SP), que prevê a criação de um Sistema Único de Mobilidade e institui contribuições para o custeio do transporte público coletivo. Continuaremos trabalhando em prol desse objetivo, priorizando o bem-estar e a qualidade de vida da população de Porto Alegre.

CHEGA DE SUFOCO NO BUSÃO! Porto Alegre para o Povo!

#tarifazero #portoalegre #transportecoletivo #transporte #mandatodopovoquebatalha

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Ciclovias abandonadas: A principal ciclovia da cidade está interditada há mais de um mês! 🚳

Buracos, rachaduras, falta de sinalização, ciclovias sem conexões que acabam nelas próprias ou em locais sem sentido para a dinâmica do trânsito e falta de respeito de motoristas que estacionam nesses espaços, obstruindo a passagem dos ciclistas, são reclamações recorrentes de quem anda de bike em Porto Alegre.

No governo Melo, os problemas vêm aumentando e, ao que parece, não há interesse em trazer melhorias neste setor.

Em uma reportagem, o Matinal trouxe a informação de que, em todo o ano de 2023, foram construídos apenas 2,9 km de malha cicloviária na cidade. Melo havia prometido construir 100 km. A reportagem também destaca que foi aprovado um empréstimo pela prefeitura para a ampliação das ciclovias, no entanto, Melo já pediu que parte do recurso seja destinada à reconstrução da ciclovia da Ipiranga.

A ciclovia da Ipiranga é uma das mais utilizadas, mas, além de ser construída ao lado de árvores silvestres que causam diversas rachaduras na pista com suas raízes, foi erguida em um local com risco de desabamento, algo que estamos vendo acontecer agora com o aumento das chuvas intensas.

Mais de um setor da pista já desabou, algo que poderia terminar em tragédia caso algum ciclista estivesse ali no momento. O descaso do poder público com as péssimas condições das ciclovias coloca ciclistas em risco e afasta as pessoas da bicicleta. É importante que o poder público, ao invés de desmotivar, incentive a população a usar a bike, seja para deslocamento no dia a dia como forma de transporte alternativo ou para lazer e atividade física.

É uma questão ambiental, de mobilidade urbana e de saúde. Além disso, é também uma questão de trabalho. Devemos pensar naqueles que utilizam a bicicleta para trabalhar como entregadores e como as ciclovias em estado precário pioram ainda mais as já péssimas condições de trabalho deles. Acabam optando por andar nas avenidas movimentadas, colocando sua integridade física em risco, do que arriscar andar nas ciclovias esburacadas, que podem estragar a bicicleta e exigir gastos em manutenção.

Neste sentido, é necessário um olhar mais sensível do governo para essa questão e um maior investimento público na manutenção e ampliação das ciclovias.

Chega de sufoco, Porto Alegre para o povo!

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🗣️20 de novembro: Dia da Consciência Negra é feriado nacional e foi criado em Porto Alegre! ✊🏾

🗣️20 de novembro: Dia da Consciência Negra é feriado nacional! ✊🏾

Ontem, o presidente Lula sancionou a lei que torna o dia 20 de novembro feriado nacional. Mas você sabia que a data como representação da consciência negra surgiu em Porto Alegre?!

🗓️ O dia foi proposto por Antônio Carlos Côrtes, Oliveira Silveira, Vilmar Nunes e Ilmo da Silva, fundadores do grupo Palmares, em 1971. A data marca a morte de Zumbi dos Palmares, uma figura emblemática da resistência negra no Brasil e um dos líderes do Quilombo de Palmares.

Em contraste com a sugestão inicial de celebrar a consciência negra no dia 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea, o grupo Palmares entendia que essa escolha não refletia verdadeiramente a luta e a resistência do povo negro no país.

A mudança proposta pelo grupo Palmares contribuiu para resgatar a memória da resistência negra, destacando a importância do 20 de novembro como um símbolo que honra a luta contra a escravidão e pela igualdade racial. 🙅🏾‍♀️🙅🏿🙅🏾‍♂️🙅🏿‍♀️

Agora, com a oficialização como feriado nacional, o Brasil reconhece formalmente essa data como um momento para reflexão sobre a trajetória histórica do povo negro na construção da sociedade brasileira.

Assim, o 20 de novembro não apenas celebra a memória de Zumbi dos Palmares, mas também reforça o compromisso de preservar e disseminar a história de luta e resistência do povo negro, resgatando a consciência coletiva de que a luta pela libertação do nosso povo segue viva nos dias de hoje!

#20denovembro#consciêncianegra#feriado#nacional#portoalegre#história#resistência

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✊🏾 🗣️ APROVADO! Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIAPN+ 🏳‍🌈 e Periféricas.

📝 Aprovamos hoje, nosso projeto, que apresentamos junto com a Bancada Negra, que institui o “Dia Marielle Franco de Enfrentamento à Violência Política contra Mulheres Negras, LGBTQIAPN+ 🏳‍🌈 e Periféricas”. É um marco significativo na busca por justiça e igualdade.

Ao estabelecer essa data, reconhecemos não apenas a trajetória de Marielle Franco, mas também a necessidade urgente de enfrentar as diversas formas de violência.

Essa aprovação reflete um passo importante na conscientização pública sobre a violência política e de gênero e reforça o compromisso em combater a discriminação sistêmica.

O Dia Marielle Franco não é apenas uma homenagem, mas um incentivo para ações concretas na construção de uma sociedade mais inclusiva e justa. Que nossa integridade física, mental e emocional seja respeitada.

#diamariellefranco#justiçapormarielle#14demarço#bancadanegra#portoalegre

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🚍 AR-CONDICIONADO NOS ÔNIBUS: UMA QUESTÃO DE DIGNIDADE PARA O POVO!

🗣️ Hoje, nos reunimos com o Diretor Técnico da EPTC, Flávio Tumelero, para apresentar as denúncias que recebemos sobre os ônibus circulando sem os ares-condicionados ligados em Porto Alegre.

Mesmo com a prefeitura alegando que 74% da frota possui o equipamento, a realidade mostra que o uso do ar-condicionado não está sendo efetivado.

Será que as empresas estão orientando essa prática para manter seus lucros e reduzir os gastos com combustível?

A sensação térmica dentro dos ônibus neste final de semana chegaram a 50°C graus, é desumano colocar a população que se locomove pela cidade e os trabalhadores dos ônibus nessas condições! É inadmissível passarmos por esse tipo de problema em pleno 2023! 🔥😡

A fiscalização e a aplicação de multas às empresas que não cumprem o decreto 18.836 de 2017 são fundamentais!

Precisamos continuar pressionando!

📲 Siga denunciando nos mandando fotos e vídeos e ligue para 156 e/ou 118.

🔥 Chega de sufoco no busão! 🔥

#arcondicionado#ônibus#portoalegre#chegadesufoco
#eptc#mandato#prefeitura#fiscalização

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🗣️ Sessão solene entrega do título de Cidadão de Porto Alegre para o Professor Lúcio Almeida!

Me sinto muito honrada em poder conceder esta homenagem ao Professor Lúcio, um alento dentro da câmara de vereadores de Porto Alegre e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Fundador do núcleo de pesquisa e estudos antirracistas da Faculdade de Direito, onde se propõem a pensar e construir a análise do Direito e do Estado Burguês sobre perspectiva dos trabalhadores, e também como instrumento de reflexão sobre os fundamentos da desigualdade social!

Parabéns Professor! Estamos juntos ✊🏾

#câmara #portoalegre #título #cidadão

Sessão Solene de Outorga do Título de Cidadão de Porto Alegre ao professor Lúcio Antônio Machado Almeida
Sessão Solene de Outorga do Título de Cidadão de Porto Alegre ao professor Lúcio Antônio Machado Almeida
Sessão Solene de Outorga do Título de Cidadão de Porto Alegre ao professor Lúcio Antônio Machado Almeida
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Informativo do Mandato do Povo que Batalha – Karen Santos

Enquanto eles capitalizam a realidade, eu socializo meus sonhos!

No informativo desse ano do nosso mandato você encontrará as diversas batalhas que pautamos dentro e fora da Câmara de Vereadores em Porto Alegre. Muita gente tem dúvida sobre o que faz um vereador ou vereadora. Formalmente o papel se limita à fiscalizar e legislar. Na prática, o que faz um mandato depende muito do partido, do caráter da pessoa, da classe social que ela representa.

Reunimos aqui algumas coisas que o nosso mandato se propõe a fazer. Mas isso está sempre em construção, pois a cada dia aprendemos mais, conhecemos mais sobre a realidade do nosso povo e sobre os problemas mais urgentes.

Aqui tu encontra também textos de opinião construídos por mim e pelo Coletivo Alicerce sobre a situação das cidades urbanas, o impacto ambiental na Porto Alegre de Sebastião Melo, as diversas faces do racismo na cidade, os escandâlos da educação, o sufoco no transporte e a situação das mulheres que batalham.

Confere aqui o que faz a Vereadora do Povo que Batalha!

Boa leitura!

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✊🏾 O contrato racial

Artigo construído pelo Defensor Público Andrey Melo e Vereadora Karen Santos primeiramente publicado no Correio do Povo e Ijuí News!

“Tudo é um mar sereno em mim”, disse, em voz trêmula, a mãe negra.

            Ela sabia que o ventre era tão diferente do desconhecido mundo de desiguais matizes. As águas não eram aquelas singradas pelos tumbeiros com milhões de corpos negros apartados para sempre de suas famílias.

            O menino está quietinho na barriga. Recebe afetos ancestrais. Não se importa com o balouçar das águas mornas, não sabe dos açoites que torturavam negros para a produção de riquezas no território colonial.

            A mãe, angustiada com os desafios do tornar-se negro, recorda-se da suspeição generalizada que alicerçou o controle social brasileiro a partir do Séc. XIX. Desde então, a fundada suspeita é representada no imaginário coletivo pelo negro distante da unidade produtiva escravocrata.

“Quanto nos devem pelos séculos de trabalho não remunerado? Talvez o país inteiro”, delibera a mãe. Depois, quando arrebentaram os grilhões da escravidão, aprisionaram a população negra nas periferias: sem educação, saúde, terra e trabalho.

            O olhos noturnos, brilhantes, apavorados, buscam no espelho a compreensão para o perfilamento racial nas abordagens policiais. Como explicar ao menino as fronteiras internas racialmente construídas?

            Racismos?

            As violências e as dores são plurais diante das práticas e discursos que buscam subalternizar o negro. O menino saberá um dia que a democracia racial relegou aos negros a condição de explorado, sem acesso aos espaços de poder.

            “A desconstrução da classe trabalhadora negra ainda está nos porões da história”, pondera a mãe.

            “Mamãe, por que ela tá chorando na televisão?”

            O pranto materno é um protesto pela “bala perdida” do Estado que outra vez perfurou a inocente pele preta.  

            “Ele está seguro no meu ventre. Maldito contrato”, pensa a negra.

            Cárcere, homicídios e letalidade policial em desfavor dos jovens negros são cláusulas vigentes no contrato racial brasileiro.

            As políticas afirmativas descortinaram um novo horizonte, insuficientes, porém, para superar os séculos de desumanização e pauperização. O Brasil precisa de um novo pacto moral, político e econômico à equidade racial.

“O meu menino não vai assinar”, refletiu a mãe, no Dia da Consciência Negra.

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Censura e Racismo: A tentativa de cercear a militância negra dentro das escolas do município.

Recentemente fui impedida de palestrar numa escola da rede municipal de ensino por consequência de um decreto absurdo do Governo Melo. A fala da diretora foi engasgada de angústia, medo e tristeza e abrindo um parênteses, nós não fazemos ideia da pressão e assédio que alguns professores e diretores estão enfrentando de reacionários e da própria SMED.

O convite era pra tratar das funções exercidas dentro da Câmara e a importância da representatividade para subverter os índices de sub-representação de mulheres, negros e em especial mulheres negras dentro dos espaços da política. Quem tem medo dessa pauta?!

Sou professora de formação, licenciada para ocupar o cargo de vereadora, e minha formação política desde a universidade se deu no debate e nas ações diretamente nas comunidades, nas escolas, nos espaços da juventude e do movimento negro.

Esse decreto visa inviabilizar justamente a continuidade da política militante que me trouxe até aqui.

Poder falar DE e PARA mulheres negras, jovens trabalhadores em formação, que já estão na batalha do cotidiano, que a política é instrumento de transformação. Quem vai até a nossa gente falar disso?!

Infelizmente a lei que premia com o Selo Escola Antirracista segue a mesma normativa: ter que pedir autorização do governo de plantão. Quem negocia um absurdo desse?!

Estamos no mês da Consciência Negra, do “Novembro Negro”, e nossa militância comprometida com o fim do racismo estrutural, ou seja, com a revolução, há de perceber a gradual perda de autonomia daquilo que temos de mais precioso que é o nosso MOVIMENTO livre de idéias e ações.

Foi a indignação e rebeldia que nos trouxeram até aqui, não as permissões do Senhor de Engenho, e como muito bem nos diz Angela Davis “a liberdade é uma luta constante“. Avançamos na representatividade, mas estamos perdendo nossa autonomia. Bora refletir sobre?