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Ciclovias abandonadas: A principal ciclovia da cidade está interditada há mais de um mês! 🚳

Buracos, rachaduras, falta de sinalização, ciclovias sem conexões que acabam nelas próprias ou em locais sem sentido para a dinâmica do trânsito e falta de respeito de motoristas que estacionam nesses espaços, obstruindo a passagem dos ciclistas, são reclamações recorrentes de quem anda de bike em Porto Alegre.

No governo Melo, os problemas vêm aumentando e, ao que parece, não há interesse em trazer melhorias neste setor.

Em uma reportagem, o Matinal trouxe a informação de que, em todo o ano de 2023, foram construídos apenas 2,9 km de malha cicloviária na cidade. Melo havia prometido construir 100 km. A reportagem também destaca que foi aprovado um empréstimo pela prefeitura para a ampliação das ciclovias, no entanto, Melo já pediu que parte do recurso seja destinada à reconstrução da ciclovia da Ipiranga.

A ciclovia da Ipiranga é uma das mais utilizadas, mas, além de ser construída ao lado de árvores silvestres que causam diversas rachaduras na pista com suas raízes, foi erguida em um local com risco de desabamento, algo que estamos vendo acontecer agora com o aumento das chuvas intensas.

Mais de um setor da pista já desabou, algo que poderia terminar em tragédia caso algum ciclista estivesse ali no momento. O descaso do poder público com as péssimas condições das ciclovias coloca ciclistas em risco e afasta as pessoas da bicicleta. É importante que o poder público, ao invés de desmotivar, incentive a população a usar a bike, seja para deslocamento no dia a dia como forma de transporte alternativo ou para lazer e atividade física.

É uma questão ambiental, de mobilidade urbana e de saúde. Além disso, é também uma questão de trabalho. Devemos pensar naqueles que utilizam a bicicleta para trabalhar como entregadores e como as ciclovias em estado precário pioram ainda mais as já péssimas condições de trabalho deles. Acabam optando por andar nas avenidas movimentadas, colocando sua integridade física em risco, do que arriscar andar nas ciclovias esburacadas, que podem estragar a bicicleta e exigir gastos em manutenção.

Neste sentido, é necessário um olhar mais sensível do governo para essa questão e um maior investimento público na manutenção e ampliação das ciclovias.

Chega de sufoco, Porto Alegre para o povo!

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