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CORSAN VENDIDA A PREÇO MÍNIMO

Presente de natal adiantado para os empresários

A CORSAN, Companhia Riograndense de Saneamento, foi vendida ontem (20 de dezembro de 2022), em lance único no leilão por 4,1 bilhões. Valor mínimo estipulado pelo governo do estado.

Reprodução/Corsan


A companhia atende hoje 317 municípios gaúchos entre abastecimento de água e outros serviços que envolvem o saneamento básico. O valor que a empresa foi vendida é equivalente à 1 ano e 3 meses de arrecadação e 4 anos de lucros. Ainda, a previsão é que nos próximos 20 anos a receita esperada seja de 117 bilhões de reais com os contratos já ativos, segundo o Sindiágua. Ou seja, uma empresa que gera rendimentos que podem ser investidos, além da distribuição de água, em diversas políticas públicas. Uma verdadeira falta de compromisso com o patrimônio público e um presente de natal adiantado para os empresários.


A água é um bem público, nesse sentido deve ter sua distribuição garantida pelo estado que tem por objetivo a prestação do serviço e não ficar refém dos interesses lucrativos do mercado. Perde o povo gaúcho que já sofre com a política privatista de Leite e Ranolf, a exemplo da distribuição de rede elétrica com a venda à “preço de banana” da CEEE para o grupo Equatorial e na próxima quinta-feira o leilão do Jardim Botânico.


Aqui em Porto Alegre é necessário estarmos vigilantes para que o mesmo não ocorra com nosso DMAE, que há anos já está na mira dos poderosos. A fórmula é sempre a mesma: operar de maneira sistêmica o desmonte do serviço público para precarizar o atendimento à população com o objetivo de justificar a venda para a iniciativa privada como solução.


Da nossa parte entendemos que a solução esteja exatamente na via oposta: abrir mais concursos para aumentar o quadro técnico, valorizar o servidor e investir na infraestrutura das empresas públicas.
Para isso não podemos depender da boa vontade dos nossos governantes que vem demonstrando estarem mais preocupados com os interesses de quem lucra do que com as necessidades da população que financia os serviços através do pagamento de impostos.


É necessário mobilização e pressão nas ruas para disputar que o orçamento do estado e municípios tenha como uma de suas prioridades a prestação de serviços básicos como o abastecimento de água seja feito de maneira pública e com qualidade. POR VIDA DIGNA E DIREITOS JÁ!

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